sexta-feira, 17 de junho de 2011

Segunda pessoa do singular.



Eu tenho uma enorme necessidade de ter uma segunda pessoa, um ouvinte.
Às vezes eu amo estar só, minha própria companhia faz milagres.
Mas, tem vezes que tu precisa de alguém e tu não encontra...


Olhar pro lado e não ver ninguém ali pra te escutar, é você contra você. Seu coração contra a razão, sua dúvida obrigando tua certeza a render-se, e aquilo que é pra ser a tua força se torna irremediavelmente tua pior fraqueza... Sabe, não precisa concordar, tu nem precisa falar nada se não quiser falar. Só preciso saber que tu me ouve, se meu grito desesperado chega ainda com força aos teus ouvidos. Pra mim já bastava! Tô numa fase que não aguento mais o silêncio ecoando por essas paredes, criando uma espécie de muro que me afasta de todo e qualquer raciocínio lógico. Estou cansada de perguntas sem respostas, de dúvidas que tiram o meu sono. Poxa! As coisas seriam tão mais fáceis se o silêncio fosse quebrado nem que seja pela tua palavra mais tortuosa que chegasse rasgando o peito, que seja. Eu preferia sentir a dor de mil palavras do que a angústia infinita do teu silêncio.
Tira teus fones, e vem! Tô aqui... onde tu me deixou. Imóvel, esperando pelo teu abraço.


02:51 As olheiras me esmagam os olhos.

Um comentário:

  1. Estou a te ouvir. ^^
    E ler também.

    =**S2
    Adoro oque tu escreve... mesmo quando precisa de um abraço.

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