quarta-feira, 20 de abril de 2011

Real Life.





Tenho me auto-observado nesses últimos 4 dias. E é impressionante a forma como minha cabeça maquina possibilidades a cada 5 segundos.Que são mortas a cada meia palavra. E é descartada toda e qualquer tentativa. Já perdi as contas de quantos planos foram jogados na lixeira debaixo da mesa do computador. Quantos papéis foram gastos cheios de milhares de rabiscos utópicos e surreais. Que só eu entendia, e a olho nu só eu enxergava.E quando eles acabavam, o meu bloco de notas era o meu mais íntimo diário, daqueles que as adolescentes que entram no ensino fundamental carregam em suas mochilas rosas da Barbie. Aos poucos o meu foco vai mudando, sem que eu perceba tal mudança brusca. Por enquanto, tudo ainda está meio desfocado, ilegível. Estou com um bloco de folhas brancas, limpas, e prontas pra serem escritas. E carrego na mochila um enorme medo de fazer o primeiro tracejado. Mas não tem eufemismo que me tire o que está escrito na minha testa. Eu quero mesmo é ver, na imagem difusa do horizonte que passa rápido diante dos meus olhos, algo que se assemelhe uma saída.
Uma abertura que pareça uma porta, um caminho que aparente ser o certo.Se for o caminho errado, é só voltar. De ônibus. De volta. De novo.Na verdade eu crio histórias de filme na minha cabeça e as passo pro papel, e faço delas minhas. Errado. A minha história não é um filme, e mesmo sendo meu o papel principal, eu não fui 'a atriz' em destaque desse clichê. Protagonista. Coadjuvante. Câmera. Diretor. Não. Eu sou "o cabeça" disso tudo, eu quem escrevi a tua história. Eu que escolhi com quem tu quebrarias a cara nesses 200 capítulos. O meu mocinho não é o bom. Eu sei como ele começou, eu sei cada cena, fui eu que as projetei. Fui eu quem o criou. E eu também sei como ele termina.




*Não percam os próximos capítulos.

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