segunda-feira, 18 de abril de 2011

Eu arranco pedaço, doa a quem doer.



É,fazem alguns dias que eu não postava, é que ando mudando o foco. Eu estava pensando ontem e percebi que existem sentimentos e sensações que não viajam com a gente. Tem saudade que vai junto com o avião, tem paixão que não solta do chão do apartamento, tem ansiedade que fica na parede do nosso quarto, e que nos assombra na hora de dormir.
Existem sentimentos e sensações que a gente precisa despachar no momento do check-in, para pegar só na volta. Afinal, nada pode ser mais perigoso do que levar tristeza, angústia ou qualquer outro sentimento negativo na bagagem de mão.Não, isso ninguém deseja.Existem sentimentos e sensações que eu deixo em casa, quietos, imóveis.Guardados na terceira gaveta da cômoda. Deixo problemas para serem resolvidos amanhã, próxima semana, próximo ano, ou nunca. Com o tempo, aprendi que, assim como existem histórias que ficam restritas a um dia, um mês, um ano, uma cidade, existem também aquelas outras que teimam em se esconder nos nossos bolsos, quando a gente menos imagina.E foi procurando moedas no bolso que encontrei o que eu achava ter deixado em  em Fortaleza, em casa,  em qualquer outro lugar, menos aqui. Faz parte de mim, e não há como se livrar.



*Eu realmente gostaria de fazer sentido.Mas, repito. Faz parte de mim,e não há como me livrar. Sou apenas, eu. Em primeira pessoa.

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